Aumentar Fonte +Diminuir Fonte -O Evangelho deste quarto domingo do Advento coloca toda a sua atenção na pessoa de São José, que era noivo de Maria e descendente do Rei Davi, para relatar como se deu a concepção virginal do Menino Jesus. O Anjo se dirige a São José em sonho dizendo: «Não temas receber Maria, tua esposa». O Anjo não diz: «não desconfies» de que Maria cometeu adultério, mas: «não temas», isto porque São José pressentia que algo divino e misterioso havia acontecido na vida de Maria, não sabia exatamente qual era a sua missão nesta ação divina e também não se sentia digno de participar de tão grande mistério sagrado. Por outro lado São José não se achava digno de pedir uma explicação à Maria, pois isto já seria mostrar dúvida e poderia ofendê-la, pois conhecia a sua santidade. Esta delicadeza de José levou-o a pensar em abandoná-la, para não se intrometer num mistério que julgava não ter parte alguma. O Evangelho diz que José «resolveu repudiá-la em segredo», evitando, assim, «difamá-la» ou simplesmente «tornar público» o mistério messiânico. O anjo esclarece a São José que ele será pai legal ou pai adotivo do Menino Jesus. São João Crisóstomo diz: “tudo o que pertence ao ofício de pai, sem atentar contra a dignidade da virgindade, tudo to entrego a ti, o pôr o nome ao filho. (…) Tu lhe farás as vezes de pai”.
São José não é pai biológico mas é pai adotivo de Jesus. Ele como pai adotivo, envolveu Maria e Jesus com toda a sua ternura, deu-lhe um nome (que significa “Deus salva”); trabalhou na carpintaria para O alimentar e O ajudar a crescer em idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens; protegeu Jesus a tal ponto de ter que fugir para o Egito. Por isso a Sagrada Escritura diz que Jesus “segundo a carne” é o “filho de Davi”, mas “segundo o Espírito Santo” é o “Filho de Deus Salvador”.
Assim graças ao “sim” de Maria, na Anunciação do anjo Gabriel, e à compreensão e aceitação de José ao que o anjo lhe revelou em sonho, Deus oferece à humanidade seu Filho, Jesus Cristo, o Messias esperado da descendência de Davi. Ele veio trazer o amor e a salvação à humanidade: é o Emanuel, o Deus sempre conosco. É por isso que o Evangelho de hoje afirma que José era justo, pois soube estar aberto ao plano de Deus e aceitá-lo como seu plano para a própria vida. São José, homem justo, entendeu que a gravidez de Maria não é resultado de ações humanas, mas é uma obra de Deus. Isto não quer dizer que o Espírito Santo desempenhou o papel de pai, pois Deus nunca intervém na geração à maneira humana, pois é espiritual e transcendente: Deus não gera criaturas, Deus cria-as.
Hoje convêm que peçamos a São José, que a exemplo de Jesus, Ele possa nos cuidar, proteger e amar como filhos e filhas adotivos. Que São José nos ajude a não duvidarmos das pessoas e da ação do próprio Deus em nossa vida, mas que sejamos sempre capazes confiar que o ser humano é capaz de obras boas, pois ele é filho de Deus.
Por causa de nossas desconfianças e falta de fé, muitas vezes pedimos à Deus sinais extraordinários, no entanto Ele revela-se numa família humana, a familia de Nazaré, família como as nossas, com suas alegrias e tristezas, com seus medos e certezas, com seus sofrimentos e bençãos. Assim como à família de Nazaré, às nossas famílias Deus nos dá uma certeza: “eis que estou convosco”, “sou o vosso Deus”, Emanuel. A partir do nascimento do Menino Jesus, Deus não é mais só Deus, mas Deus-humano, como também o homem não é mais só homem, mas homem-divinizado.
Peçamos a intercessão da Família de Nazaré para que o Natal não se torne uma festa pagã do consumismo, dos presentes obrigatórios e dos banquetes, mas que ele seja a festa do encontro entre o humano e o divino, pois “Deus que vem ao encontro dos homens”, vem para nos oferecer a salvação. Mas esse encontro só será possível se tivermos o coração disponível para O acolher e para O abraçar, para deixa-Lo nascer em nossos corações e procurar viver o que Ele nos ensinou. Por isso renovemos a nossa fé no Deus que está conosco, agradecendo sua presença, que ilumina e orienta nossos caminhos, para que os planos de Deus sejam os nossos planos e para que a vida seja defendida sempre e em todo lugar assim como o fizeram Maria e José. Que neste natal, mais uma vez, nossas famílias sejam abençoadas por Jesus, Maria e José.
Pe. Valdir Luiz Koch.
O Evangelho deste quarto domingo do Advento coloca toda a sua atenção na pessoa de São José, que era noivo de Maria e descendente do Rei Davi, para relatar como se deu a concepção virginal do Menino Jesus. O Anjo se dirige a São José em sonho dizendo: «Não temas receber Maria, tua esposa». O Anjo não diz: «não desconfies» de que Maria cometeu adultério, mas: «não temas», isto porque São José pressentia que algo divino e misterioso havia acontecido na vida de Maria, não sabia exatamente qual era a sua missão nesta ação divina e também não se sentia digno de participar de tão grande mistério sagrado. Por outro lado São José não se achava digno de pedir uma explicação à Maria, pois isto já seria mostrar dúvida e poderia ofendê-la, pois conhecia a sua santidade. Esta delicadeza de José levou-o a pensar em abandoná-la, para não se intrometer num mistério que julgava não ter parte alguma. O Evangelho diz que José «resolveu repudiá-la em segredo», evitando, assim, «difamá-la» ou simplesmente «tornar público» o mistério messiânico. O anjo esclarece a São José que ele será pai legal ou pai adotivo do Menino Jesus. São João Crisóstomo diz: “tudo o que pertence ao ofício de pai, sem atentar contra a dignidade da virgindade, tudo to entrego a ti, o pôr o nome ao filho. (…) Tu lhe farás as vezes de pai”.
São José não é pai biológico mas é pai adotivo de Jesus. Ele como pai adotivo, envolveu Maria e Jesus com toda a sua ternura, deu-lhe um nome (que significa “Deus salva”); trabalhou na carpintaria para O alimentar e O ajudar a crescer em idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens; protegeu Jesus a tal ponto de ter que fugir para o Egito. Por isso a Sagrada Escritura diz que Jesus “segundo a carne” é o “filho de Davi”, mas “segundo o Espírito Santo” é o “Filho de Deus Salvador”.
Assim graças ao “sim” de Maria, na Anunciação do anjo Gabriel, e à compreensão e aceitação de José ao que o anjo lhe revelou em sonho, Deus oferece à humanidade seu Filho, Jesus Cristo, o Messias esperado da descendência de Davi. Ele veio trazer o amor e a salvação à humanidade: é o Emanuel, o Deus sempre conosco. É por isso que o Evangelho de hoje afirma que José era justo, pois soube estar aberto ao plano de Deus e aceitá-lo como seu plano para a própria vida. São José, homem justo, entendeu que a gravidez de Maria não é resultado de ações humanas, mas é uma obra de Deus. Isto não quer dizer que o Espírito Santo desempenhou o papel de pai, pois Deus nunca intervém na geração à maneira humana, pois é espiritual e transcendente: Deus não gera criaturas, Deus cria-as.
Hoje convêm que peçamos a São José, que a exemplo de Jesus, Ele possa nos cuidar, proteger e amar como filhos e filhas adotivos. Que São José nos ajude a não duvidarmos das pessoas e da ação do próprio Deus em nossa vida, mas que sejamos sempre capazes confiar que o ser humano é capaz de obras boas, pois ele é filho de Deus.
Por causa de nossas desconfianças e falta de fé, muitas vezes pedimos à Deus sinais extraordinários, no entanto Ele revela-se numa família humana, a familia de Nazaré, família como as nossas, com suas alegrias e tristezas, com seus medos e certezas, com seus sofrimentos e bençãos. Assim como à família de Nazaré, às nossas famílias Deus nos dá uma certeza: “eis que estou convosco”, “sou o vosso Deus”, Emanuel. A partir do nascimento do Menino Jesus, Deus não é mais só Deus, mas Deus-humano, como também o homem não é mais só homem, mas homem-divinizado.
Peçamos a intercessão da Família de Nazaré para que o Natal não se torne uma festa pagã do consumismo, dos presentes obrigatórios e dos banquetes, mas que ele seja a festa do encontro entre o humano e o divino, pois “Deus que vem ao encontro dos homens”, vem para nos oferecer a salvação. Mas esse encontro só será possível se tivermos o coração disponível para O acolher e para O abraçar, para deixa-Lo nascer em nossos corações e procurar viver o que Ele nos ensinou. Por isso renovemos a nossa fé no Deus que está conosco, agradecendo sua presença, que ilumina e orienta nossos caminhos, para que os planos de Deus sejam os nossos planos e para que a vida seja defendida sempre e em todo lugar assim como o fizeram Maria e José. Que neste natal, mais uma vez, nossas famílias sejam abençoadas por Jesus, Maria e José.
