Aumentar Fonte +Diminuir Fonte - A Igreja Católica apresenta as missões como tema celebrativo no mês de outubro, visando despertar nos fiéis a dimensão missionária da pertença eclesial e presença na sociedade, os desafios da fé e evangelização, perante as realidades vividas. No contexto pastoral da Igreja no mundo, comemora-se o centenário da Carta Apostólica de Bento XV (1919), o qual já afirmava naquela: a igreja de Cristo é universal e nenhum povo lhe é estranho. Neste sentido, nas últimas décadas, a Igreja no Brasil tem estabelecido questionamentos ao processo de evangelização na realidade norte do país, as terras amazônicas com sua situação própria atingindo outros países com fronteiras, a região Pan-Amazônica. Os permanentes desafios constatados e as sugestões de melhor atuação missionaria foram levados ao Papa Francisco e a Congregação para Evangelização dos Povos, em Roma.
O Papa Francisco com o seu marcante carisma pastoral acolheu relatórios e estabeleceu grupos de estudos, como também definiu outubro de 2019 como o para toda a Igreja Católica, tendo o tema batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo, aberta da todos os povos. Visa estabelecer métodos para dinamizar a pastoral das comunidades, aberta às pessoas em suas situações existenciais, as alegrias e crises no meio da realidade social em diferenciações, como é o caso saliente da região amazônica. Assim, também, em outras regiões do mundo, ocorre o permanente desafio de sintonia da mensagem salvífica nas variadas culturas dos povos com suas culturas e sociedades diversificadas. Na expressão do Papa, há a necessidade de requalificar evangelicamente a missão da Igreja.
A reflexão do Mês Missionário Extraordinário questiona a Igreja na busca de sintonia da evangelização perante os novos desafios humanos, sociais e continentais, os impactos da cultura pós-moderna (relativização de valores e individualismo), as influências das tecnologias virtuais, duas linhas temáticas ao impulso pastoral foram definidas: - despertar a consciência da missão de Cristãos em Comunidade; - reforçar a dimensão missionária da vivência da fé e pertença à Igreja. E, voltado aos desafios pastorais da região amazônica, o Sínodo que ocorre em outubro, tem como tema, “Amazônia: novos caminhos para uma ecologia integral”
O Papa acolheu as sugestões da comissão de estudos e estabeleceu o Sínodo da Amazônia, inserido no mês missionário extraordinário, visando estabelecer novos caminhos à pastoral na vasta região que engloba o norte do Brasil e parte de mais nove países de fronteira. É a meta de estabelecer a pastoral em sintonia com a realidade vivida pela diversidade de povos e culturas na diferenciada região, carente de recursos materiais e lideranças eclesiais. Um convite evangelizador partindo do compromisso humano e religioso com a obra da criação, a dimensão global e integrada da natureza, despertando na missão evangelizadora, uma abertura aos problemas e desafios da realidade dos povos nativos e migrações.
O Sínodo da Amazônia deseja acordar a Igreja com suas lideranças e comunidades na busca de uma pastoral com zelo à obra do criador, em defesa de uma ecologia integral na diversidade do ecossistema. Um compromisso salvífico à luz da fé em Jesus Bom Pastor, valorizando os povos e comunidades, em meio à natureza diferenciada no uso do seu ecossistema e cobiçada pelos projetos econômicos destrutivos. Uma evangelização que busque sintonia com a cultura e realidade social dos povos da floresta: indígenas, quilombolas (afro-brasileiros), caboclos (ribeirinhos) e a variedade de grupos de migrantes. Nesta busca de reflexão e novas diretrizes de uma missão inserida aos desafios levantados na realidade amazônica, o Papa Francisco chamou os Bispos dos países da vasta região amazônica ao Sínodo em Roma, em outubro de 2019.
Uma das reflexões do trabalho de observação dos desafios no exercício pastoral, analisa a carência de lideranças preparadas, e, apontou a necessidade de estabelecer alternativas a dinamizar os ministérios ordenados, apresentando a proposta de ordenação de Padres casados e Diaconisas. Incentivar a formação aos ministérios eclesiais às lideranças nativas, visando a inculturação do evangelho, a atuação pastoral e a liturgia com diálogo à interculturalidade, marcante nas comunidades eclesiais na Amazônia.
Dentro do contexto do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo da Amazônia, o Cardeal Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, afirmou na abertura em Roma que é preciso buscar novos caminhos e a consolidação do rosto amazônico da Igreja. Também, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o cardeal Lorenzo Baldisseri em Roma, na sessão inaugural da assembleia especial para a região Pan-Amazônica, em seu pronunciamento reforçou os dois principais objetivos: “A Amazônia é uma terra de missão, com características próprias, que exigem de nós adequadas propostas para dar uma resposta à necessidade de evangelizar. Por outro lado, o Sínodo deverá enfrentar a provocação causada pela questão ambiental, respondendo com uma ecologia integral”. (http://www.cnbb.org.br -- 07/outubro/2019)
Portanto, confiemos no discernimento do episcopado da região Pan-Amazônia, os representantes dos missionários religiosos, leigos, lideranças indígenas e nativas que participam do Sínodo da Amazônia, chamados pelo Papa, em Roma. Na luz do Santo Espírito, desafiados na continuidade da missão da barca de Cristo e dos Apóstolos, estabelecem orientações para novas praticas de evangelização, em maior inserção na realidade da diversidade dos povos e culturas na vasta região, a Pan-Amazônia. Que definam diretrizes para uma Igreja em saída, vencendo tradicionalismos e pastorais planificas geradoras de dominações, em nome de pretensa evangelização correta e ditas verdades institucionais, sob o domínio interno de alguns que julgam-se donos da sanidade doutrinal.
Pe.Odêmio Antonio Ferrari
odemio.ferrari@faculdadelasalle.edu.br
A Igreja Católica apresenta as missões como tema celebrativo no mês de outubro, visando despertar nos fiéis a dimensão missionária da pertença eclesial e presença na sociedade, os desafios da fé e evangelização, perante as realidades vividas. No contexto pastoral da Igreja no mundo, comemora-se o centenário da Carta Apostólica de Bento XV (1919), o qual já afirmava naquela: a igreja de Cristo é universal e nenhum povo lhe é estranho. Neste sentido, nas últimas décadas, a Igreja no Brasil tem estabelecido questionamentos ao processo de evangelização na realidade norte do país, as terras amazônicas com sua situação própria atingindo outros países com fronteiras, a região Pan-Amazônica. Os permanentes desafios constatados e as sugestões de melhor atuação missionaria foram levados ao Papa Francisco e a Congregação para Evangelização dos Povos, em Roma.
O Papa Francisco com o seu marcante carisma pastoral acolheu relatórios e estabeleceu grupos de estudos, como também definiu outubro de 2019 como o para toda a Igreja Católica, tendo o tema batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo, aberta da todos os povos. Visa estabelecer métodos para dinamizar a pastoral das comunidades, aberta às pessoas em suas situações existenciais, as alegrias e crises no meio da realidade social em diferenciações, como é o caso saliente da região amazônica. Assim, também, em outras regiões do mundo, ocorre o permanente desafio de sintonia da mensagem salvífica nas variadas culturas dos povos com suas culturas e sociedades diversificadas. Na expressão do Papa, há a necessidade de requalificar evangelicamente a missão da Igreja.
A reflexão do Mês Missionário Extraordinário questiona a Igreja na busca de sintonia da evangelização perante os novos desafios humanos, sociais e continentais, os impactos da cultura pós-moderna (relativização de valores e individualismo), as influências das tecnologias virtuais, duas linhas temáticas ao impulso pastoral foram definidas: - despertar a consciência da missão de Cristãos em Comunidade; - reforçar a dimensão missionária da vivência da fé e pertença à Igreja. E, voltado aos desafios pastorais da região amazônica, o Sínodo que ocorre em outubro, tem como tema, “Amazônia: novos caminhos para uma ecologia integral”
O Papa acolheu as sugestões da comissão de estudos e estabeleceu o Sínodo da Amazônia, inserido no mês missionário extraordinário, visando estabelecer novos caminhos à pastoral na vasta região que engloba o norte do Brasil e parte de mais nove países de fronteira. É a meta de estabelecer a pastoral em sintonia com a realidade vivida pela diversidade de povos e culturas na diferenciada região, carente de recursos materiais e lideranças eclesiais. Um convite evangelizador partindo do compromisso humano e religioso com a obra da criação, a dimensão global e integrada da natureza, despertando na missão evangelizadora, uma abertura aos problemas e desafios da realidade dos povos nativos e migrações.
O Sínodo da Amazônia deseja acordar a Igreja com suas lideranças e comunidades na busca de uma pastoral com zelo à obra do criador, em defesa de uma ecologia integral na diversidade do ecossistema. Um compromisso salvífico à luz da fé em Jesus Bom Pastor, valorizando os povos e comunidades, em meio à natureza diferenciada no uso do seu ecossistema e cobiçada pelos projetos econômicos destrutivos. Uma evangelização que busque sintonia com a cultura e realidade social dos povos da floresta: indígenas, quilombolas (afro-brasileiros), caboclos (ribeirinhos) e a variedade de grupos de migrantes. Nesta busca de reflexão e novas diretrizes de uma missão inserida aos desafios levantados na realidade amazônica, o Papa Francisco chamou os Bispos dos países da vasta região amazônica ao Sínodo em Roma, em outubro de 2019.
Uma das reflexões do trabalho de observação dos desafios no exercício pastoral, analisa a carência de lideranças preparadas, e, apontou a necessidade de estabelecer alternativas a dinamizar os ministérios ordenados, apresentando a proposta de ordenação de Padres casados e Diaconisas. Incentivar a formação aos ministérios eclesiais às lideranças nativas, visando a inculturação do evangelho, a atuação pastoral e a liturgia com diálogo à interculturalidade, marcante nas comunidades eclesiais na Amazônia.
Dentro do contexto do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo da Amazônia, o Cardeal Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, afirmou na abertura em Roma que é preciso buscar novos caminhos e a consolidação do rosto amazônico da Igreja. Também, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o cardeal Lorenzo Baldisseri em Roma, na sessão inaugural da assembleia especial para a região Pan-Amazônica, em seu pronunciamento reforçou os dois principais objetivos: “A Amazônia é uma terra de missão, com características próprias, que exigem de nós adequadas propostas para dar uma resposta à necessidade de evangelizar. Por outro lado, o Sínodo deverá enfrentar a provocação causada pela questão ambiental, respondendo com uma ecologia integral”. (http://www.cnbb.org.br -- 07/outubro/2019)
Portanto, confiemos no discernimento do episcopado da região Pan-Amazônia, os representantes dos missionários religiosos, leigos, lideranças indígenas e nativas que participam do Sínodo da Amazônia, chamados pelo Papa, em Roma. Na luz do Santo Espírito, desafiados na continuidade da missão da barca de Cristo e dos Apóstolos, estabelecem orientações para novas praticas de evangelização, em maior inserção na realidade da diversidade dos povos e culturas na vasta região, a Pan-Amazônia. Que definam diretrizes para uma Igreja em saída, vencendo tradicionalismos e pastorais planificas geradoras de dominações, em nome de pretensa evangelização correta e ditas verdades institucionais, sob o domínio interno de alguns que julgam-se donos da sanidade doutrinal.
Pe.Odêmio Antonio Ferrari
odemio.ferrari@faculdadelasalle.edu.br
